GLOBALIZAÇÃO DOS IMPACTOS ABIENTAIS.
Ao longo de toda a história,
diferentes grupos humanos provocaram alterações contínuas e substanciais na
atmosfera e nos ecossistemas, por meio de diferentes técnicas> Entretanto,
durante muito tempo, essas alterações resultaram em impactos locais ou, no
máximo, regionais, tais alterações como
as consequências do esgotamento de pequenos trechos ou do desvio de um
curso fluvial.
Após a revolução Industrial, contudo,
com a intensificação do uso dos recursos naturais e a emergência do meio técnico, as alterações no ambiente atingiram
um novo patamar, capaz de repercutir também em escala global: é o caso , por
exemplo, das mudanças climáticas.
As primeiras organizações
internacionais voltadas para a problemática ambiental surgiram em meados do
século XIX, como tentativa de impor padrões e gestão de recursos naturais para
evitar que o seu esgotamento trouxesse a ruína econômica de comunidades
inteiras.
Nessa perspectiva, onze países
europeus assinaram em 1902, em Paris, uma convenção internacional,
estabelecendo medidas de proteção aos
pássaros úteis à agricultura. Em 1933, foi assinada em Londres a Convenção para
a Preservação da Flora em seu Estado Natural, documento no qual as potências
coloniais se comprometiam a coibir a caça predatória no continente africano.
Ao longo do século XX, porém, a
poluição do ar e da água , a derrubada de florestas e o esgotamento dos solos
atingiram velocidade e proporções assustadoras. Após a Segunda Guerra mundial,
o debate ambiental ganhou novos enfoques e se tornou um tema político
prioritário e passou a envolver tanto as sociedades nacionais como os Estados.
DO CLUBE DE ROMA AO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Uma das primeiras tentativas de interpretar
o sistema global sob perspectiva ecológica foi realizada por um conjunto de
cientistas, economistas e altos funcionários governamentais que formaram o
Clube de Roma. Em 1971, o Clube de Roma divulgou o relatório Os limites do
crescimento, que se tornaria um marco na discussão ambiental posterior. De
acordo com ele, o planeta Terra seria um sistema finito de recursos naturais
que, submetido às pressões do crescimento exponencial da população e da
produção econômica, sofreria ameaça de um colapso iminente. Para evitar esse
colapso, seria preciso gerenciar globalmente a demografia, para controlar o
crescimento da população e da economia mundial e evitar o esgotamento dos
recursos naturais.
CONFERÊNCIAS SOBRE O MEIO AMBIENTE
As teses do Cube de Roma orientaram os debates da primeira grande conferencia da ONU sobre a temática ambiental. Realizada em Estocolmo (Suécia) em 1972, a denominada Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente propôs uma série de medidas de redução da natalidade, a serem aplicadas nos países mais ricos.
Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento ( ECO-92) , realizada no Rio de Janeiro 20 anos depois, as teorias do Clube de Roma ainda estavam presentes e embasavam algumas propostas apresentadas pelos países ricos. Nesse intervalo, porém, importantes transformações haviam ocorrido tanto nas sociedades como nas discussões ambientais. As estratégias de desenvolvimento sustentável orientaram a maior parte dos debates e das resoluções - tanto na ECO-92 como na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável ( Rio+10), realizada em Johanesburgo ( África do Sul), em 2002, e na Conferência das nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) , realizada em 2012, novamente na capital do Rio de Janeiro.
FONTE: Conexões: Estudo de Geografia Geral e do Brasil, Vol. 3 , 2016.
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