quinta-feira, 11 de junho de 2020

JAPÃO


Tóquio, Japão. – FullQuick


O Japão apresenta um histórico de fortes mudanças ao longo do século XX. De país quase colonizado pelos Estados unidos, converteu-se em potência inperialista até o desfecho da Segunda Guerra mundial. Naquele momento, foi palco de truculência bélica jamais vista: o lançamento de bombas atômicas sobre seu território. Desde estão, o país renunciou à guerra e transformou-se numa das maiores potências do mundo.



A GÊNESE DO JAPÃO MODERNO



Deste o século XII até meados do século XIX, o japão estava sob o sistema do xogunato, uma espécie de "feudalismo japonês", em que o poder era dividido em vários núcleos e cada um era liderado pelo xogum, chefe político e militar. Havia um imperador, mas ele estava vinculado à liderança espiritual e era desprovido de poder político efetivo. Formalmente , os xoguns estavam submetidos ao imperador, mas quem tinha o poder de fato era o patriarca do clã.

O mais importante xogum em oito séculos foi Leyassu Tokugawaa, que unificou os demais clãs e deu corpo de estado ao Japão no século XVI:  iniciava-se a Era Tokugawa, que durou dois séculos e meio e caracterizou-se pelo isolacionismo total em relação ao resto do mundo; nem sequer trocas comerciais o Japão realizava, era um sistema fechado.

Esse isolamento foi quebrado e, 1853, quando as canhoneiras do navio estadunidense Commodore Perry bombardearam o japão e, invadndo a baía de Tóquio, impuseram um tratado que anunciava a chegada do imperialismo estadunidense.

Nesse momento da história japonesa, havia um grande descontentamento popular no país por causa da cobrança de altos impostos. Os populares estavam desejosos da restituição do poder total do imperador e teerosos da submissão ao imperador. oss camponeses, os samurais e uma embrionária classe liberal uniram-se para derrubar o xogunato. esse período ficou conhecido com Revoluçaõ Meiji. Em 1867, os revoltosos venceram e entregaram o poder absoluto e supremo ao imperador da Dinastia Meiji, o jovem Mutsuhito, de apenas 15 anos. Inicia-se-ia uma transformação revolucionária no Japão.

Uma rápida modernização foi iniciada. Criou-se um sistema constitucional com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário sob a égide do imperador e da cultura hierárquica nipônica: ele era o árbitro supremo de todos os poderes. A estrutura política e social doJapão estava amparada na imagem do imperador, à semelhança do próprio estado e sob um regime assumidamente personalista e hereditário.

Criou-se tabém um sistema de ensino com ênfase na educação, cultura que vem até os dias de hoje. Foi estabeleciddo , em 1871, um atuante ministério da educação. A industrialização tomou conta do país em inumeras regiões e o Japão aderiu ao Capitalismo nos moldes da cultura asiática, pautada na disciplina e no máximo respeito às hierarquias. O que se via era um misto de cultura ocidental com a oriental no capitalismo tardio, porém extremamente eficiente.

Introduziram-se na Era Meiji um moderno sistema bancário e financeiro, declaradamente inspirado no modelo europeu, e a modernização dos meios de transportes.

Nesse contexto, aindústria atingiu rapidamenteo cunjunto militar. A combinação industrialização-militarização estimulou o país a dar passos maiores. O Japão tabém iria candidatar-se ao posto de potência imperialista, tendo bem delimitada a área à qual pretendia levar adiante seu incipiente expansionismo: a Ásia.

O IMPÉRIO JAPONÊS

Após ter organizado uma infraestrutura industrial e militar em prazo recorde, o Japão empreendeu nos últimos anos do século XIX e primeiros do século XX duas guerras: contra China e Rússia, respectivamente. Derrotou as duas e lhes tomou territórios: Taiwan, da China, e as Ilhas Sakalinas, antiga pendência com a Rússia no pacífico Norte. A vitória contra a Rússia em 1905 não deixou de ser surpreendente, afinal esse país era uma das potências à época, enquanto o Japão era um jovem estado recém organizado. O êxito japonês nessas duas guerras marcou o início de seu imperialismo. Em seguida, invadiu a Coréia (1910) e participou da I Guerra Mundial, ao lado dos aliados contra os alemães. Foi contemplado na partilha do pós-guerra com algumas ilhas no Pacífico. 

A fase mais agressiva do imperialismo japonês deu-se sob o período de Hiroíto, que assumira em 1926. Em 1931 ocorreu uma nova e violenta invasão à Manchúria, região chinesa que o Japão unilateralmente declarou sob sua soberania, fundando a república da Manckukuo, uma base militar criada para esconder o imenso império nipônico sobre a Ásia. Essa invasão à Manchúria é motivo de rusgas com a China até hoje. Convém ressaltar que a Manchúria é rica em minérios , ingrediente assente em território japonês. O Japão invadiu ainda a Indonésia, a Malásia, as Filipinas e a Península da Indochina; parte dessas invasões deu-se sob a Segunda Guerra Mundial, que explodiu em meio ao expansionismo japonês.

Enquanto a segunda guerra assistia nos arredores da Europa a um confronto entre Alemanha versus França, Inglaterra  e Rússia, no Pacífico a contenda era entre Japão e estados unidos, pela hegemonia dos oceanos.

Empolgado com o seu desempenho, em 1941 o Japão atacou a base militar de Pearl Harbour, no Havaí, forçando a entrada dos estados Unidos na guerra. A partir de 1943, no entanto, ataques fulminantes e ininterruptos da potência ocidental foram minando a resistência nipônica até o fatídico agosto de 1945, quando foram lançadas sobre Hiroshima , no dia 6, e em Nagasaki, três dias depois, duas bombas atômicas. Saldo: 200 mil mortes, milhares de feridos e contaminados por radiatividade. Terminava ali o expansionismo japonês.

360 graus. Geografia em rede, vol.único parte III


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