terça-feira, 5 de janeiro de 2021

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

O SISTEMA INTERNACIONAL



Chamamos de sistema internacional o conjunto de Estados existentes. Os estados estão organizados em territórios delimitados por fronteiras, onde exercem soberania e não obedecem a nenhuma instância de poder. 

No âmbito externo às fronteiras dos Estados, não existe uma entidade soberana que detenha o monopólio do poder mundial, uma única voz que se projete sobre o sistema internacional.

Muitos atribuem à Organização das nações Unidas (ONU) esse papel, mas é um equívoco, pois, como veremos a seguir, a função e os objetivos da ONU são de outra ordem, muito embora a entidade seja importantíssima na manutenção da paz mundial. Como todo Estado é soberano no interior de suas fronteiras, a ONU ,  em tese, não pode, inclusive, optar por não pertencer à Organização, como foi até há alguns anos o caso da Suíça, que aderiu à ONU apenas em 2002.

Uma vez que não há uma entidade soberana que exerça o domínio sobre o poder mundial, torna-se necessário que os Estados busquem a coexistência pacífica para que possam conviver harmoniosamente dentro do sistema. Essa necessidade de convivência em uma sociedade global deu origem ao termo comunidade internacional, tão difundido na mídia. No entanto, nem sempre se alcança êxito na busca da coexistência pacífica; surgem, então, as guerras.



FONTE: Geografia em Rede, Edilson Adão e Laercio Furquim Jr. Vol. Único, parte III.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

MEIO AMBIENTE

Meio ambiente e suas influência em nossas vidas!
GLOBALIZAÇÃO DOS IMPACTOS ABIENTAIS.
Ao longo de toda a história, diferentes grupos humanos provocaram alterações contínuas e substanciais na atmosfera e nos ecossistemas, por meio de diferentes técnicas> Entretanto, durante muito tempo, essas alterações resultaram em impactos locais ou, no máximo, regionais, tais alterações como  as consequências do esgotamento de pequenos trechos ou do desvio de um curso fluvial.
Após a revolução Industrial, contudo, com a intensificação do uso dos recursos naturais e a emergência do meio  técnico, as alterações no ambiente atingiram um novo patamar, capaz de repercutir também em escala global: é o caso , por exemplo, das mudanças climáticas.
As primeiras organizações internacionais voltadas para a problemática ambiental surgiram em meados do século XIX, como tentativa de impor padrões e gestão de recursos naturais para evitar que o seu esgotamento trouxesse a ruína econômica de comunidades inteiras.
Nessa perspectiva, onze países europeus assinaram em 1902, em Paris, uma convenção internacional, estabelecendo medidas  de proteção aos pássaros úteis à agricultura. Em 1933, foi assinada em Londres a Convenção para a Preservação da Flora em seu Estado Natural, documento no qual as potências coloniais se comprometiam a coibir a caça predatória no continente africano.
Ao longo do século XX, porém, a poluição do ar e da água , a derrubada de florestas e o esgotamento dos solos atingiram velocidade e proporções assustadoras. Após a Segunda Guerra mundial, o debate ambiental ganhou novos enfoques e se tornou um tema político prioritário e passou a envolver tanto as sociedades nacionais como os Estados.
DO CLUBE DE ROMA AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Uma das primeiras tentativas de interpretar o sistema global sob perspectiva ecológica foi realizada por um conjunto de cientistas, economistas e altos funcionários governamentais que formaram o Clube de Roma. Em 1971, o Clube de Roma divulgou o relatório Os limites do crescimento, que se tornaria um marco na discussão ambiental posterior. De acordo com ele, o planeta Terra seria um sistema finito de recursos naturais que, submetido às pressões do crescimento exponencial da população e da produção econômica, sofreria ameaça de um colapso iminente. Para evitar esse colapso, seria preciso gerenciar globalmente a demografia, para controlar o crescimento da população e da economia mundial e evitar o esgotamento dos recursos naturais.

CONFERÊNCIAS SOBRE O MEIO AMBIENTE

As teses do Cube de Roma orientaram os debates da primeira grande conferencia  da ONU sobre a temática ambiental. Realizada em Estocolmo (Suécia) em 1972,  a denominada Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente propôs uma série de medidas de redução da natalidade, a serem aplicadas nos países mais ricos.
Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento ( ECO-92) , realizada no Rio de Janeiro 20 anos depois, as teorias do Clube de Roma ainda estavam presentes e embasavam algumas propostas apresentadas pelos países ricos. Nesse intervalo, porém, importantes transformações haviam ocorrido tanto nas sociedades como nas discussões ambientais. As estratégias de desenvolvimento sustentável orientaram a maior parte dos debates e das resoluções - tanto na ECO-92 como na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável ( Rio+10), realizada em Johanesburgo ( África do Sul), em 2002, e na Conferência das nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) , realizada em 2012, novamente na capital do Rio de Janeiro.



FONTE: Conexões: Estudo de Geografia Geral e do Brasil, Vol. 3 , 2016.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

SISTEMAS DE TRANSPORTES


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FLUXOS DE TRANSPORTES

O espaço geográfico está conectado em rede por fluxos de mercadorias, pessoas e informações.
As inovações nas áreas de transportes e das comunicações tendem a proporcionar fluidez ao espaço. Os espaços de maior fluidez são aqueles em que a circulação de bens , pessoas e informações é realizada em menor período de tempo.
As empresas, ao definirem a localização de sedes, consideram os custos de transferência bens (transportes) e de informação ( comunicação) . A logística de transportes envolve desde o armazenamento de produtos até a escolha do transporte mais eficiente para locomover o maior número de mercadorias em um prazo menor e de baixo custo. Por meio da implantação de sistemas eficientes de transportes, os governos podem definir estratégias de modernização destinadas a conferir vantagens comparativas aos territórios.
A escolha de modo de transporte mais adequado depende de uma série de fatores, entre eles a velocidade, a disponibilidade, a confiabilidade, a capacidade e a eficiência.
Se o tempo de entrega é o mais importante, é preciso escolher um modo com maior velocidade que diminua o tempo de percurso da rota. Nesse caso, o transporte aéreo é o mais adequado.
Mas, de acordo com a necessidade, o mais importante é a disponibilidade, definida pela capacidade de o modo de transporte atender à entrega de porta em porta. Nesse caso, nenhum outro meio de transporte atende a essa exigência melhor que o rodoviário.
A mercadoria deve chegar ao destino no tempo estabelecido e sem danos aos produtos transportados, para que a empresa garanta a confiabilidade aos clientes.  Os dutos (tubulações) são o modo de transporte que melhor atende a essa característica. Geralmente são usados para o transporte de produtos líquidos ou gasosos, mas podem também transportar produtos sólidos, como grãos e minérios.
A capacidade de um tipo d transporte pode ser definido por ele carregar qualquer tipo de volume ou de carga, como ocorre nas vias marítimas e também nas fluviais.
Há três tipos de vias de circulação: terrestre (rodovias, ferrovias, e rodovias), aquáticos (rios, lagos e oceanos) e aéreos ( transporte aéreo); e seus respectivos modos de transporte: por dutos, ferroviários, rodoviários, aquáticos e aeroviários .
A eficiência dos meios de transportes pode ser medida entre outros fatores, pelo custo, pelo consumo de energia e pela poluição gerada.
A maior capacidade é a do navio, e a maior velocidade, a do avião e o automóvel na cidade. O que produz mais ruído é o avião, e o automóvel é o que mais gera poluição do ar nas cidades, bem como mais casos de acidentes. Os transportes interiores de carga são realizados em boa parte , por rodovias, ferrovias e vias fluviais.

NAEGAÇÃO OCEÂNICA

A navegação oceânica constitui , em termos quantitativos, o principal modo de transporte intercontinental de cargas. As cargas estão subdivididos em três categorias de produtos: líquidos ( petróleos e derivados); secos ( carvão, minérios, produtos florestais e agrícolas); e produtos finais ( máquinas, equipamentos de transporte, alimentos e manufaturados em geral).
A principal rota marítima dá a volta ao mundo cruzando os oceanos Atlântico, Pacífico e passando por diversos canais, estreitos e passagens estratégicas. O caminho da Europa para a Ásia tem como obstáculos o oceano Ártico e as banquisas*.





* Banquisa: camada superficial de gelo , resultante do congelamento da água do mar.
FONTE: Conexões: Estudo de Geografia Geral e do Brasil, Vol. 2 , 2016.


O QUE É DEFLAÇÃO ( DEFLATION) ?

Deflação constitui um processo onde há o transporte de partículas de poeira e areia (material fino) pelo vento, permanecendo sobre a superfície as partículas mais grosseiras. Este processo é também entendido como varredura da superfície sem cobertura vegetal.
Meu Pomerânia: Spitz na Praia

Fonte: Terra: Feições Ilustradas, 2008

O QUE É ABLAÇÃO (Ablation) ?

ABLAÇÃO
Ablação é um fenômeno de degelo da parte superficial das geleiras cobertas por gelo, devido a radiação solar (insolação). O processo de ablação promove a redução do pacote de gelo por evaporação e fusão.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CENTRO ESTADUAL DE ...

segunda-feira, 29 de junho de 2020

URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

       No Brasil, o processo de urbanização corresponde ao período de intensa industrialização do pós-Segunda Guerra Mundial. De acordo com o Programa nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, realizado pelo IBGE, o grau de urbanização no Brasil naquele ano era de 84,8%, superior ao da maior parte dos países europeus.
       Entretanto os critérios que definem a população urbana não são universais . No Brasil, de acordo com a legislação vigente, população urbana é aquela residente nas sedes de município ou de distrito e nas demais áreas definidas como urbanas pelas legislações municipais; por exemplo, áreas isoladas separadas das cidades por área rural ou outro limite. Por isso , alguns estudiosos acreditam que o Brasil apresenta um nível de urbanização menor do que revelam as estatísticas do IBGE. As áreas rurais são aquelas fora dos critérios definidos como urbanos.
        A maior parte dos países desenvolvidos adota critérios funcionais para separar o urbano do rural. Assim , ua cidade só será definida como tal se apresentar determinadas infraestruturas e equipamentos coletivos _ como escolas, postos de saúde, estabelecimentos comerciai, agencias bancárias - e funcionar como um polo de distribuição de bens e serviços.
        O Brasil não adota critérios funcionais: de acordo com a legislação vigente, população urbana é aquela residente nas sedes municipais ou de distrito e nas demais áreas definidas como urbanas pela legislação municipal; por exemplo; áreas isoladas separadas das cidades por área rural ou de limite. Poe isso, alguns estudiosos acreditam que o Brasil apresenta um nível de urbanização menor do que revelam as estatísticas do IBGE. As áreas rurais são aquelas fora dos critérios definidos como urbanos.
      


a maior parte das principais aglomerações urbanas, na atualidade ...
BRASIL: DE PAÍS AGROEXPORTADOR A URBANO-INDUSTRIAL

       Até a década de 1940, o Brasil era considerado um país cujas atividades concentravam-se predominantemente no meio rural: a maior parte da população vivia no campo. Segundo o geógrafo Milton santos, o crescimento urbano brasileiro foi um dos mais rápidos, intensos e violentos do século XX. Essas mudanças ocorreram de forma desigual em todas as regiões brasileiras, revelando a intensa transformação territorial que ainda acontece no país.
      
     

fonte: 360 graus. Geografia em Rede, vol. II, 2014
       Conexões: Estudo de Geografia Geral e do Brasil, 2º ano , 2016
       

O QUE É MONTANHA?

O que é montanha?



O que é?
Para compreender o que é montanha, é preciso conhecer os processos de constituição desse tipo de relevo.

Montanha é uma forma de relevo que se caracteriza pela elevada altitude. Existem algumas formas de definir o que é uma montanha e classificá-la. Com base nas classificações mais aceitas no meio científico, convencionou-se afirmar que no Brasil não existem montanhas.

Cordilheiras


Quando as montanhas estão em um conjunto extenso, são chamadas de cordilheiras ou de cadeias de montanhas. São paisagens espetaculares que atraem muitos alpinistas.

Veja algumas das principais cordilheiras do planeta:

  • Andes – na América do Sul
  • Himalaia – na Ásia
  • Montanhas Rochosas – na América do Norte
  • Alpes – Na Europa

As montanhas variam de acordo com a altitude, a origem, a idade e o aspecto. Aqui classificaremos as montanhas de acordo com a sua idade e origem.

Montanhas jovens


As montanhas de vales profundos, picos pontiagudos e elevadas altitudes possuem origem geológica recente. Formam cadeias de montanhas que se estendem por centenas de quilômetros. Exemplos desse tipo de montanha são os Andes, Himalaia e Alpes.

A Cordilheira dos Andes, na América do Sul, é formada por montanhas jovens, que foram formadas pela colisão das placas tectônicas
A Cordilheira dos Andes, na América do Sul, é formada por montanhas jovens, que foram formadas pela colisão das placas tectônicas

As montanhas jovens – dobramentos recentes – resultam da colisão de placas tectônicas ocorrida nos últimos 25 milhões de anos. São resultantes de falhamentos, dobramentos e vulcanismo, e a maior parte delas, na atualidade, continua sofrendo soerguimento ao mesmo tempo em que é submetida à ação dos agentes exógenos do relevo.

Montanhas antigas

Também conhecidas como maciços antigos, as montanhas mais velhas são constituídas por rochas magmáticas e metamórficas e já passaram por intenso processo de intemperismo e erosão. Exemplos desse tipo de montanha são os Alpes Escandinavos, os Montes Apalaches e os Montes Urais.
Ao contrário das montanhas jovens, os maciços antigos apresentam cumes arredondados e áreas rebaixadas em razão do desgaste a que foram submetidos durante milhões e milhões de anos.
Grandes montanhas do Planeta – localização e altitude
  • Monte Everest – Ásia – 8.848 m
  • Aconcágua – América do Sul – 6.960 m
  • Kilimanjaro – África – 5.892 m
  • Elbrus, Europa – 5.642 m
  • McKinley – América do Norte – 6.194 m
  • Maciço Vinson – Antártida – 4.892 m
  • Pirâmide Carstensz – Oceania – 4.884 m

Por Amarolina Ribeiro
Graduada em Geografia

As montanhas diferenciam-se pela altitude mais elevada em relação às outras formas de relevo
As montanhas diferenciam-se pela altitude mais elevada em relação às outras formas de relevo 

FONTE: BRASIL ESCOLA